segunda-feira, 30 de maio de 2011

A fina arte da crítica


Estive discutindo com amigos e familiares as questões do dia-a-dia e percebi certo padrão na argumentação, nas críticas, e nos ideais de mundo, curioso porém respeitando a liberdade de cada um segui expondo idéias, e após anos de “conversação” percebi que o padrão não é no meu circulo social mas na sociedade, na nação brasileira que por excelência se mostra crítica, transferidora de responsabilidades, e o que mais incomoda é uma nação de estagnados.

Toda conversa que se começa com um pseudo-informado é a mesma história “O governo é ruim”, “o capitalismo é ruim”, “a policia é corrupta”, “se o mundo fosse anárquico e igualitário todos estariam felizes”. É FÁCIL e humanamente LOUVÁVEL idealizar um mundo utópico e choramingar a realidade que vivemos, é fácil ser do contra. Difícil é tirar a bunda da poltrona e a mão do mouse e ser condizente com seu pensamento filosófico/político, há pessoas até hoje firmando pensamentos comprovadamente utópicos e por assim serem mais cômodos de se defender, ou estou errado? Desejar o impossível lhe da o direito de estar insatisfeito sempre.

Outro fato recorrente é a eterna arrogância daquele que através de literatura selecionada absorve conhecimento e teorias específicas e restritas, é fácil formar opinião baseado em livros, profissionais e sites que dizem exatamente o que VOCÊ QUER ler, ouvir, e pensar. Coragem tem aquele que em um meio adverso consegue tirar suas próprias conclusões e não somente absorver o que o livro ou o “professor” fala e sair bradando “RAZÃO” aos quatro ventos.

 Hoje vemos blogs, videologs,twitter, entre outros meios de expor e argumentar suas “verdades” porém a ferramenta é válida mas não é bem utilizada. Hoje é triste ver a juventude e seu poder de mudança se transformar em simples idéias ao vento baseadas somente por “achismos” e arrogância, sem nenhuma base intelectual filosófica ou política, tudo seguindo o que é certo defender “POR UMA SOCIEDADE MAIS IGUALITÁRIA!” porra! Tá insatisfeito procure saber como e faça! .

Creio que uma boa forma de análise conclusiva é a feita por VOCÊ , não aquela que você ATRIBUI a você por se dizer de esquerda ou direita, católico ou protestante, cruzeirense ou atleticano, ou por querer ser bem visto na sociedade.

Você não concorda com o sistema modifique-o, DE DENTRO PARA FORA transformando-o e pare de chorar sobre as criancinhas da África e de como SERIA MELHOR em um mundo anárquico e igualitário, porque essa realidade nunca chegará enquanto você e as pessoas ao seu redor não tomarem consciência e deixarem de ser infantis.

Ass. Sensato de Fato

domingo, 21 de novembro de 2010

Governo institucional

Outro dia, em uma aula de uma matéria qualquer, o professor estava nos mostrando como se deu a política no Brasil nos últimos anos. Ele explicava que os altos investimentos do governo nas classes D e E (muito pobres) se dava com o objetivo de colocá-los na classe C (classe média) para que esses virassem mercado consumidor e impulsionassem a economia, afinal o objetivo do governo é fazer o país desenvolver, certo?
Não!
O objetivo do governo deveria ser tirar a galera da classe D e E, simplesmente porque eles vivem em condições subumanas, porque eles muitas vezes não têm o que comer. Toda política deveria ser voltada para o lado humano da sociedade, não para o lado econômico. Você prefere viver numa sociedade em que a economia cresce a 20% mas a desigualdade social é monstruosa ou em uma sociedade que cresce, economicamente, muito pouco, porém com bons índices de distribuição social?
Acho absurdo quando um país ajuda outro, que está fudido, com o objetivo unicamente de manter relações diplomáticas positivas e ganhar aliados. Não! Se um país está necessitado, todos os outros que possuem algum tipo de recurso em excesso deveriam ajudá-lo. Ali vivem pessoas. Pessoas que muitas vezes não tem nada a ver com a situação em que se encontram. Na maioria das vezes são vítimas de todo um processo. Se elas precisam de ajuda, a ajuda deveria vir, de qualquer lugar do mundo que possa ajudar.
"O Brasil deveria ajudar os países africanos, pois o resto do mundo já é dominado pelas outras grandes potências e é justamente nesses países mais sofridos que o Brasil conseguirá um bom mercado."
Meu Deus! O Brasil deve ajudar os países africanos porque ali tem gente morrendo de fome, tem gente precisando de casa, tem gente precisando de gente. E não simplesmente para conseguir um bom mercado. Isso é um absurdo!Outra coisa que me deixa puto são os governantes que vêem as guerras simplesmente como algo econômico: "Vamos invadir o país X, porque ali tem petróleo. Mas o país Y faz comércio com o país X, então ele não vai gostar dessa invasão e vai parar de comercializar conosco." Pô!! Ninguém leva em consideração que está se tratando de uma guerra? Que pessoas vão morrer ali? Muitas pessoas vão morrer ali!! E isso simplesmente não é levado em conta. Só se considera que "vão morrer muitas pessoas, então a mão-de-obra do país vai ficar escassa, então teremos que tomar alguma atitude." Lorotas. Cada pessoa que morre, leva junto consigo toda uma vida, toda uma história.
Não posso dizer que seria fácil, no atual mundo em que vivemos, fazer uma política desse tipo: deixando de olhar para o país como uma instituição, e olhando para o país como a união de várias pessoas, vários seres humanos.Seria uma revolução governamental. Ajudar de verdade quem precisa, é uma política que deveria ser adotada por todos os países. Pra mim não deveria nem existir fronteira, mas sua existência não nos impede de ajudar quem precisa.
Somos, no mundo, uma nação só: humanos. E toda política deveria ser voltada para nós. Todos nós. E como diria Raul Seixas, "cada um de nós é um universo". E isso deveria ser levado em conta na hora de governar.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Escutatória


  Sempre vejo enunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curro de escutatória. Todo mundo que aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma."
     Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma." Daí a dificuldade: a gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração  e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...
     Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo pra entender o que o outro falou. Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades. Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado."
     Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei a muito tempo. É coisa velha pra mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou." Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou." E assim vai a reunião.
     Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.
     Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia e que, de tão linda, nos faz chorar.
     Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.
     Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.



 -Rubem Alves

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Quem assiste, desiste de si.

Hoje em dia parece que é normal uma pessoa dizer que não passa (ou não consegue passar) um dia sequer sem assistir tv. Se pararmos pra pensar, não era para ter nada de errado com isso, afinal, o simples e inocente objetivo desse "meio de comunicação" é apenas o de nos informar e entreter quando precisamos, certo?
Bom, na verdade este "era pra ser" o objetivo. Porém, tudo é muito maior do que parece.
Sendo o meio de comunicação mais popular do país, a televisão possui um alcance inimaginável aos cidadãos brasileiros. É indiscutível que quase toda a população tenha acesso a ela.
Esse alcance, por sua vez, implica em um poder que talvez seja um dos maiores de toda a  humanidade: o poder da persuasão. Com esse poder, é possível conseguir praticamente tudo que se deseja de uma maneira perigosamente natural e banal. Essa naturalidade vem com "a maior criação da persuasão": o conformismo.
Um exemplo de como isso funciona:


Na sociedade atual em que vivemos, somos obrigados a seguir valores impostos por pessoas que se julgam maiores e mais importantes por terem maior renda ou poder. Essas pessoas precisam usar meios (persuasão) que mantenham as outras pessoas no lugar insignificante em que se encontram; mais do que isso, fazer com que elas acreditem que é perfeitamente normal estar nessa posição (conformismo).
Desse exemplo conseguimos refletir porque rimos como idiotas da corrupção na política do nosso país.
Mas bom, isso é assunto para outro post. Voltando ao nosso assunto principal...

 Se pararmos realmente para pensar, nossa tão querida e companheira televisão desempenha diversos papeis silenciosamente destrutivos em nós para manter os privilégios de poucas pessoas que se encontram "no topo". Entre a infinidade de programas que passam na tv, raríssimos são aqueles que realmente fazem você desenvolver uma idéia concreta sobre algo realmente importante ou interessante; algo que valha a pena. A quantidade de idiotices e ignorância presentes em certos programas chega a ser absurda. Acaba que ninguém que assiste quer realmente ter uma opinião própria sobre alguma coisa, muitas vezes nem notam que têm essa capacidade como ser humano.
Outra coisa que poucos param pra enxergar é a quantidade de propagandas exibidas sem parar. Isso cria em nós, sem percebermos, uma necessidade incrível de TER que comprar algo, do mínimo que seja, a coisas fora do nosso padrão de renda. Quando nos damos conta, estamos o tempo inteiro comprando coisas para nossa casa, sempre que conseguimos algo, paramos pra pensar no que AINDA não temos. Isso é ridículo. Excluímos de nós mesmos a necessidade de crescer como PESSOAS, de melhorar nossos pensamentos, nossa maneira de enxergar as coisas... e preenchemos isso com coisas materiais que nunca vão conseguir realmente nos realizar completamente.

No final das contas, perdemos toda a essência de sinceridade. Acabamos dizendo e fazendo coisas que não condizem realmente com o que queremos de verdade. Queremos ser iguais a todos para não sermos excluídos da sociedade. Com isso deixamos de ser o que mais importa para o ser humano: únicos.
Daí em diante mergulhamos em um abismo sem volta. Não percebemos, achamos que somos incrivelmente fortes, mas no fundo, perdemos nosso orgulho próprio. Porque ninguém pode se orgulhar de algo que foi inserido em suas cabeças por um sistema estranho; só nos orgulhamos do que realmente acreditamos, por nós mesmos.
Abram bem seus olhos, mas principalmente suas cabeças para o mundo ao seu redor como ele realmente é. Ao contrário, você será apenas mais um em um universo de máquinas antenadas em uma infinita programação.






                     

 -Pietro Fernandes

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Polícia, para que precisa?

Andei pensando: todo mundo reclama da nossa polícia atual, que ela é corrupta, que ela não da conta do trabalho dela, e que não sei mais o que... Aí pensei: Mas qual é a verdadeira essência da polícia?
A polícia existe pra nos proteger...  de nós mesmo!!
A polícia é um mecanismo criado pela sociedade para garantir a sua própria segurança. Mas segurança unicamente relacionada à delitos cometidos por outros seres humanos. Não é como o bombeiro, por exemplo, que nos proteje de catátrofes, acidentes, enfim, coisas não causadas por humanos. A polícia, repito, nos proteje de nós mesmos.
O que, se for parar pra pensar, é um absurdo.
Se todo mundo usasse a tão famigerada razão, para criar um mundo verdadeiramente humano, a polícia seria simplesmente desnecessária. 
Pense: todo delito é causado ou por questão de necessidade, ou por simples falta de bom senso.
A questão de necessidade seria facilmente resolvida se nós vivêssimos em um mundo justo.
Já a questão do bom senso, é um pouco mais complicada, mas nem por isso é impossível de resolver.
Se todo mundo fosse educado, culturado, em um meio onde a falta de bom senso é algo que simplesmente não existe, isso seria facilmente resolvido. Seria como moldar um mundo onde a falta de bom senso seria como a internet a 2000 anós atras: algo simplesmente inimaginável.
Lógico que o mundo onde a polícia fosse desnecessária, está muito distante deste nosso mundinho de hoje. Se acabássemos com a polícia hoje, o mundo viraria um caos.
Mas é vergonhoso me ver como ser humano, como o único ser racional, como o único capaz de atentar para o bom senso, e ter a necessidade de uma polícia que nos proteja de nós mesmos. É vergonhoso não saber usar a razão. É vergonhoso.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O "nu" como "falta de respeito"

Outro dia um colega meu me disse que na sua casa, moravam três homens e uma única mulher, no caso a mãe da família. E ele comentou que quando a mãe deles não estava em casa, eles tomavam banho de porta aberta; porém quando ela estava em casa, eles tomavam banho de porta fechada porque achavam FALTA DE RESPEITO ficarem pelados na frente de sua mãe.
Mas desde quando ficar nu, em qualquer que seja a circunstancia, é uma falta de respeito?
O nu é a coisa mais natural do mundo. É assim que somos. Não tem porque existir todo esse mito em torno do nu. A roupa deveria servir apenas como agasalho; para esquentar. E não para tampar as partes íntimas de um ser humano. Quem disse que estas não podem ficar à mostra??
Que mal existe em você ver o pinto de alguém, ou verem sua vagina, ou qualquer que seja a parte do corpo? É simplesmente mais uma parte do corpo.
Não há diferença alguma no pinto de uma criança e no de um adulto. Tubo bem, ele cresceu, mas isso não muda o fato de ser um pinto. E por que olhamos para as partes íntimas de uma criança e não achamos nada demais nisso? Porque na verdade a maldade está nos olhos de quem está olhando, e não no nu propriamente dito. Fomos acostumados a achar até bonitinho uma criança pelada, mas não aconteceu à mesma coisa ao nu adulto.
E por que não? Por mim, essas leis de que proibem andar pelado são um absurdo. Em pleno calor eu não posso ficar pelado com o intuito de me refrescar?? Isso é demais pra mim.
Sempre tem aquelas perguntas: "Mas se a lei liberasse, você teria coragem de sair pelado na rua?" Confesso que minha resposta é não. Mas é não, porque quem tem que liberar o nu não são as leis, é a sociedade. Acredito que com a liberação promovida pela lei, aos poucos a sociedade iria se acostumando com a idéia do nu e isso ficaria menos absurdo. Demora um tempo, é verdade, mas essa mudança deveria começar agora.
Taxar o nu de falta de respeito é algo deveria deixar-nos envergonhados.

domingo, 14 de novembro de 2010

Ele é viado. E daí???

Outro dia reparei em um cruzeirense zuando um atleticano: "Olha essa foto aqui!! Dois atleticanos se beijando!! Atleticano é tudo viado!"  Aí parei pra pensar.
Pô, a intenção do cruzeirense é zuar, é diminuir o atleticano, aí ele vai e lhe chama de viado? Desde quando ser viado é motivo pra zuação?
Aliás, pelo menos não deveria ser.
É triste ver uma sociedade em que ser chamado de viado é um chingamento.
O gay, homossexual, viado, bichinha ou como quiser chamar, é um ser humano como qualquer outro que simplesmente gosta, sexualmente falando, de outro ser humano do mesmo sexo. E que mal tem nisso??
Ele não prejudica ninguém. Ele não ta matando, ele não tá roubando. Ele tá simplesmente amando. E vai ser condenado por isso? É muito medíocre da nossa parte, desprezar alguém que seja diferente.
Há quem diga que é contra a natureza. Que não existe nenhum animal (não que eu saiba pelo menos) que realize homossexualismo.
Mas esquecem de lembrar que nós somos serer humanos. Nós somos racionais (não que isso tenha sido bem usado utimamente).
Nós somos capazes de dividir nossa comida, mesmo que ela seja escassa, com outro ser que esteja passando por necessidades piores que a nossa. E isso também foge à natureza animal. Os animais defendem a sua cria, o seu eu, e nada mais.
Do mesmo modo, nós somos potencialmente capazes de respeitar alguém que goste de outro alguém do mesmo sexo.
É vergonhoso ter o adjetivo "viado" como crítico. É triste ouvir versos como "Não sou como você filho da pulta VIADINHO então, já era" em que "viado" é um termo menosprezador.
Admito que tenho meus preconceitos em relação a isso também. Mas fico puto de ter esses preconceitos. Eu não deveria ter que perder preconceitos ao longo da vida.
Eu tinha que nascer sem eles.